15 de setembro de 2010

No cais, de volta.

Ela trazia nos olhos marejados a saudade de meses que agora aliviava mordendo os lábios e apertando o avental florido.
Ele desrespeitava sua virilidade masculina tremendo os músculos do rosto quando não conseguiu conter o choro da alegria por vê-la de novo e quase se desequilibrava com a mala velha correndo a passos curtos naquele estaleiro.
Não havia mais multidão, ela sumira no abraço apertadoda saudade e no beijo que só o sol poente testemunhara ao som da música aliviante que os corações cantavam.

3 comentários:

  1. Tão bonito, tão profundo. Quem lê sente o abraço, vê o sol poente e escuta a música. Certeza.

    ResponderExcluir
  2. Para sentir tem que ser leitor como você, Lari. À flor da palavra.

    ResponderExcluir
  3. Ai, Pedro, lindo! Queria comentar algo mais, mas tá tudo meio embaçado...

    ResponderExcluir

Abra sua mente. Despeje aqui o que sente. Faz bem.