4 de setembro de 2010

A Vaca

Ela era chata. Sabia ser chata, como ninguém. Ainda tinha alguns inocentes amigos que a engoliam, até o momento que ela resolvesse dar uma bela patada que já afastava as pessoas. Ela dizia ser mulher de opinião. Mas, sinceramente, todo mundo queria que ela explodisse, virasse lenda, quando começava a esboçar suas opiniões, que geralmente era causa de discordância por parte de todos, no entanto, para evitar quaisquer intriga que ela tentava fomentar, as pessoas deixavam quieto. Ai de você se discordasse dela. Ai de você. Você poderia levar um belo murro. Há quem sentisse vergoha alheia só de ouvi-la começar a falar de suas ideias egocêntricas e esquisitinhas. Ela parecia não precisar de ninguém. Que se dane a opinião dos outros, a dela já era bem formada e tolo de quem tentasse contrariar. 

Por baixo de tanta dureza e casca-dura: Um coração.


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