6 de maio de 2009

A beleza de poder ser o que é.

Deu trabalho. Mas eis um ser: Você. Tem gente que suicida porque ninguém dá atenção a ele. Tem gente que o faz porque todos prestam atenção nele. A grande vaidade dos outros é poder buscar um jeito de te tornar um suicida. Processo lento e prazeroso. Carícia da carência. Prazer do ex-alheio. Menos um na minha audaciosa falta de coragem. Imagina, não sejamos tão maus assim. Acorda. A morte é um fato vivido. Quanto mais se vive, mais se morre. Ainda há beleza então? Pior que há. O amor não é fruição. É verdade. Daquela que salva mesmo. Mas se é temporário então não salva. Ledo engano. Sobrevive quem busca essa coisa. Não é mesmo Darwin? Balela sentimentalista. Metaforicamente sim. Sua definição real, essa não. Até que enfim em mim. Escute aqui. Se começar a sentir algum prazer, suicide. A vaidade do amor não é sua. Na realidade seja você. Na falta dela construa um ser suportável. Ninguém aguenta quem não se suporta. Mas hoje eu quero um olhar diferente, um espelho novo. No qual me vejo e não me aceito. Apenas me contemplo. Sinto um arrepio que me faz bem, e sinto de novo. Sou inteiro em minhas partes. Suicido os outros. Orgulho? Que seja, pois nunca pude me sentir tão inútil. O peso que cada um traz e se convence diariamente dá a sensação de liberdade. Tirando as amarras, seja. Mas não se esqueça de si. É bom sobreviver. Te me amo e ponto inicial. Obrigado.

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