5 de maio de 2009

De hoje em diante, sem decisões.


Então, tá decidido. Não há mais decisões. Decidir por não decidir me torna livre. Sempre que decido algo, a inconstante opinião alheia quer decidir por mim. Que se danem. Mas que não me enganem. Existe ainda os poucos que me gostam e me querem assim. Imutável. Metamorfósico. Indistintamente único. É bom mudar e continuar o mesmo. É isso que muitos fazem. Mudam aqui, já mudam ali, e não são volúveis. Mudar sempre não significa ser volúvel mas ser sincero. Agora eu desafio quem se diga totalmente constante. Há sim uma parte imutável. Dessas que só se conhece mesmo quando nenhuma situação obriga o metamorfismo forçado. O social. E viva Nietzsche. Mas só aqui. Porque ali já vive Jesus Cristo. O respeito. Um acidente, desses da filosofia. Só existe em outrem. Mas sempre se esquecem que este outrem também é você. Sim, aqui dilui-se Nietzsche na água morna da auto-ajuda. Piedade e compaixão por mim e para mim. O ego. O amor. Para quem? O ego. O para-ego-amor. O respeito? Sim, mas só para-ego-amor. Pessimismo? Não. Frustração? Não sei o nome. Sei que nada que camufla pode durar mais do que o que grita de verdade. Ah, a verdade. Essa é a única, a única que pode salvar. A mim? Não. Pode salvar o fato de se achar que tudo pode salvar a mim, e só a mim. Logo é só a verdade que me aproxima do outro sem haver o eu. E este é o motivo da despedida das decisões. Encontrei o outro sem o eu. Ou melhor, o caminho para este. E creia, se quiser é claro. Há uma imutabilidade que ainda me move. Sem sentimentalismo. E, sem querer te provar nada, eis a minha vida. Só ela. Sem decisões. De hoje em diante. Só ela sem o eu. Obrigado.

Um comentário:

Abra sua mente. Despeje aqui o que sente. Faz bem.